A evolução do preço da prata
Algumas das perguntas mais frequentes e inquietantes de nossos clientes e investidores, principalmente os iniciantes, são: quanto vale a prata realmente? E se eu quiser revender?
O valor da prata física é um produto de vários fatores. Aqui nestes artigos buscamos ajudar o investidor a compreender um pouco melhor o assunto.
Há dois aspectos que gostaríamos de destacar. Primeiro, entre as cotações de papel sem lastro e a aquisição da prata física há um ‘prêmio’ a pagar. A falta de lastro dos papéis (derivativos) que norteiam as cotações é o fator preponderante. Segundo, o Brasil não produz prata em grande quantidade, e por isso depende da importação de grandes países produtores. Obviamente o conhecido ‘custo Brasil’ e seus altos impostos de importação, aliados às exigências draconianas que são impostas aos empreendedores no país são fatores determinantes para o preço final do produto.
No gráfico abaixo apresentamos a evolução dos valores praticados por PrataPura.com para a venda da prata física no varejo (em azul), desde 2011, por onça troy, em relação às cotações de papel (em salmão) e a cotação do US Dollar frente ao Real (em cinza):
Assim que começamos nossas atividades, em 2011, as cotações da prata estavam em franca evolução, até meados de 2012. A partir daí as cotações sofreram um declínio, até 2015. Porém, no Brasil, os preços da prata física continuaram a se valorizar, em razão da desvalorização do Real frente ao US Dollar, uma vez que os custos de câmbio e importação são regulados pela moeda estadunidense. Em 2016, mesmo com o valor do US Dollar frente ao Real diminuindo um pouco, a cotação da prata voltou a subir, acarretando na contínua valorização da prata física.
Como vemos, a valorização da prata física é contínua, mas gradual. Por isso, é essencial que o investir tenha clareza de que a compra de prata física deve ser um investimento de longo prazo, como reserva de valor. O investidor não deve alocar recursos em prata física caso tenha que revendê-la logo em seguida, pois assim poderá ter prejuízos. O investidor precavido deve sempre contar com uma reserva em espécie, para emergências de curto prazo.
Porém, além disso, acreditamos que o investimento em prata física, especialmente neste momento, é muitíssimo interessante, por sua relação com o ouro, por exemplo. Historicamente, a relação das cotações ouro:prata está agora em torno de seu pico mais alto nos últimos 100 anos, como vemos no gráfico abaixo, mas já declinando:
Esta relação, que estava na média em 30:1 de 1915 até 1928, foi jogada para 80:1 na década de 1930. Em seguida caiu para 40:1 nas décadas de 1950 a 60, e a 20:1 em 1970. Gradualmente, a cotação da prata foi novamente sendo desvalorizada a partir daí, chegando na faixa da relação a 80:1 em 1990. Na atual década estamos numa média de 70:1, com vários picos de valorização da prata, notadamente em 2006, 2008 e 2011. Mas os bancos que fixam as cotações dos metais têm tido dificuldade em segurar os preços dos papéis, tendo que despejar literalmente bilhões de dólares nos mercados para isso. Você pode ler mais sobre isso aqui.
Estamos num momento único destes últimos 100 anos, com a prata novamente em seu nível mais baixo em relação ao ouro. Mas a janela para ganhos maiores pode estar se fechando. Tudo indica que a relação está prestes a despencar novamente, voltando a sua média histórica, com a prata se valorizando drasticamente nos próximos anos.
Cotações do Ouro (azul) e da Prata (amarelo):
Que valor a prata atingirá? Isso é difícil de prever, mas o que os dados consistentemente nos mostram, é que este é o momento certo para investir.
Aproveite antes que a prata física fique cara demais!