A crise econômica da Europa: Portugal, Irlanda, Espanha, Itália e Bélgica seguem na mesma direção da Grécia

A Grécia está a caminho da crise seguinte quer seja pela via da austeridade, de manifestações ou de um golpe militar. Com toda probabilidade a Grécia será seguida pela Irlanda, Portugal, Bélgica, Espanha e Itália. Também será interessante ver se retornam depósitos bancários aos bancos gregos. Eles provavelmente não voltam e haverá grande dificuldade a afetar qualquer espécie de recuperação. O povo grego, ao longo disto, foi deixado fora da equação.

Salários mais baixos e lucros mais altos trazem prosperidade? Todo o cenário é surreal e irrealista.

O acordo que foi estruturado para a Grécia desrespeita a lei e será litigado durante anos. Por que investidores desejariam investir sob estas circunstâncias? As regras são aquilo que eles dizem que são em qualquer dado momento ou conjuntura. Estarão outros países desejosos de seguirem o mesmo caminho? Toda promessa dos banqueiros, políticos e burocratas foi rompida. No fim as perdas do investidor foram de 70% ou mais. Eles deveriam ter aguentado perdas de 100%, mas isso não se vê nem aqui nem ali, a questão é que todos foram também deliberadamente enganados. A Grécia não era um caso isolado e os mercados financeiros são bem conscientes disso.

Não será de perguntar como é que o BCE vai descarregar US$290 bilhões em títulos tóxicos? Quem será bastante tolo para comprá-los? Como exemplo, o PIB português pode cair mais de 5% em 2012. Isso poderia traduzir-se em 50% de perdas um fardo da dívida pública de 118% do PIB no ano fiscal de 2012. A dívida do seu estado eleva isto em mais 10%. Isso é pior do que a Grécia. Recorde-se um fato muito pouco conhecido, de que Portugal “massajeou” o seu défice no ano passado, tomando 3,5% do PIB de fundos de pensão privados. Cidadãos de todos os países prestam muita atenção. Este roubo está em vias de ser um modo de vida para todos os banqueiros e políticos. Eles estão em vias de roubar a sua aposentadoria, esteja pronto para isso.

Em cinco meses o FMI decidirá se Portugal precisa de mais dinheiro. Naturalmente precisará de mais. Portugal não pode levantar fundos no mercado aberto a taxas razoáveis, de modo que o FMI tem de intervir com o EFSF. Como é que isto se ajustará à Espanha e à Itália? Não muito bem, imaginamos. Tudo isto significa que os possuidores de títulos daqueles destes países estarão vendedores e não compradores, o que colocará o BCE e o FMI numa situação desesperada. Os problemas da Europa têm anos de duração.

Só para mostrar como estão os bancos centrais europeus, verifica-se que devem US$650 bilhões ao BCE. Além disso, se a Grécia tiver de deixar a zona euro no futuro ela deverá aos atores solventes do euro outros US$125 bilhões em dívida pagável. Uma dívida que será muito pior daqui a seis meses a um ano. Isto significa que a Alemanha utilizará o próximo salvamento para dizer não, especialmente que o MEE não estará disponível para eles, ou assim diz o seu Supremo Tribunal . Acredita-se que a Alemanha quis assumir a perda e ir embora um ano atrás, mas os banqueiros disseram não.

A recapitalização dos bancos gregos é um insulto à inteligência econômica. Eles precisarão do dobro dos fundos oferecidos só para alcançarem os 9% de exigências de capital. Fundos de pensão gregos serão devastados, provavelmente retendo 25% do antigo valor. A Grécia está em vias de ser sujeita a um corte orçamental de 20% em cima daquele já efectuado. Este acordo engendrado pelos banqueiros é o pior de todos os mundos. Provocará graves problema à UE nos próximos anos.

Portugal caminha na mesma direcção da Grécia. Nenhum crescimento e nenhuma mudança de qualquer espécie. A Itália e a Espanha terão de ser salvas como os outros. E há ainda o negro segredo sujo de que é a França que se segue. Estes problemas vão continuar por aí além.

Proteja-se do colapso financeiro mundial, investindo em moedas e barras de prata pura, antes que ela fique cara demais!

Fonte.

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